No mundo empresarial, a preocupação com a ética e a integridade é fundamental para manter a confiança dos investidores, clientes e da sociedade em geral. A ocorrência de fraudes e irregularidades pode abalar seriamente a reputação de uma empresa, resultando em perdas financeiras substanciais e danos irreparáveis à sua imagem.
Para combater esse cenário, o compliance e a investigação interna são ferramentas vitais para identificar, prevenir e corrigir irregularidades, garantindo a conformidade com leis, regulamentos e princípios éticos.
Neste artigo, com base no terceiro episódio do STWCast, vamos falar sobre a importância dessas práticas com o Dr. Luis Felipe, especialista na área e gestor jurídico no ramo de telecomunicações.
O desafio das fraudes empresariais
As fraudes nas empresas constituem uma questão complexa, exacerbada pelas nuances do sistema judicial e pela facilidade de manipulação da legislação.
Uma das preocupações enfrentadas é que, embora as empresas possuam problemas de fraude, muitas delas carecem de profissionais treinados para conduzir investigações eficazes.
A falta de conhecimento e maturidade nesse campo pode levar a investigações mal conduzidas ou confusas, o que acarreta em consequências negativas.
O papel do compliance e da investigação interna
O compliance é o conjunto de práticas que garantem que uma empresa atue dentro das leis e regulamentos, bem como siga padrões éticos.
Ter um setor de investigação interna, assim como RH e TI, por exemplo, encarregado de supervisionar a conformidade interna, garantindo a adoção de procedimentos adequados e o cumprimento de regulamentos é necessário para o sucesso de uma empresa.
Essa área pode ser liderada por um chief compliance officer, cuja formação em direito é benéfica, mas não obrigatória.
A área de compliance trabalha em conjunto com o departamento jurídico e recursos humanos para garantir a adesão a regulamentos internos e externos.
Isso envolve a gestão de conflitos de interesses, a confidencialidade das informações, o uso adequado de equipamentos e a prevenção de desvios de função.
A divulgação e compreensão dos regulamentos internos são indispensáveis para que todos os funcionários estejam cientes de suas responsabilidades.
Prevenção e detecção de irregularidades
Atuar na prevenção de fraudes é uma abordagem mais eficaz do que apenas a detecção das mesmas, segundo Luis Felipe. Ele enfatiza que, ao criar uma cultura de conformidade desde o início, as empresas podem evitar maiores problemas no futuro.
As políticas de prevenção incluem a observância rigorosa das normas internas, a supervisão adequada das atividades dos funcionários e o monitoramento de possíveis conflitos de interesses.
Um aspecto essencial na prevenção de fraudes é a implementação de canais de denúncia anônima. Esses canais oferecem aos funcionários uma maneira segura de relatar irregularidades sem medo de retaliação.
Além disso, a empresa deve promover uma cultura ética que encoraje a denúncia de atividades suspeitas.
Isso não apenas ajuda a detectar irregularidades, mas também demonstra o compromisso da empresa com a transparência e a integridade.
O que podemos concluir sobre Compliance e Investigação interna?
A implementação eficaz de programas de compliance e investigação interna é essencial para a prevenção de fraudes e a manutenção da integridade empresarial.
Ao criar um ambiente onde os funcionários entendam suas responsabilidades éticas e tenham meios seguros para denunciar irregularidades, as empresas podem evitar perdas financeiras, danos à reputação e possíveis implicações legais.
O trabalho conjunto entre as áreas de compliance, jurídica e recursos humanos é fundamental para estabelecer uma cultura de conformidade que beneficie todos os envolvidos e contribua para a construção de um ambiente de negócios saudável e confiável.
Para saber mais sobre como o compliance é benéfico para a sua empresa, assista ao 3º episódio completo do STWCast clicando no link logo abaixo.
Compliance e investigação interna. O que as empresas precisam entender?