O mundo das fraudes e riscos no mercado privado passou por uma significativa transformação desde 1999, cita Paulo Nascimento, convidado especial do quinto episódio do STWCast.
Atuando na área de segurança da informação desde essa data, ele fala sobre como a evolução tecnológica, a mudança nos meios de pagamento e a crescente digitalização abriram portas para novas modalidades de golpes na internet.
Golpes na Internet: do físico para o digital | A evolução dos riscos
No final dos anos 1990, as fraudes eram frequentemente associadas a clonagem de cartões de crédito físicos. A clonagem da tarja magnética dos cartões era o foco, mas com a introdução do chip EMV em 2008, essa dinâmica começou a mudar.
A migração da fraude física para a digital ocorreu impulsionada pela crescente adoção de tecnologias como smartphones e o desenvolvimento de sistemas de pagamento eletrônico.
Essa transição para o ambiente digital trouxe consigo uma série de novas modalidades de fraudes. Desde a adulteração de códigos de barras em contas e faturas até a alteração de layouts de faturas por e-mail, os criminosos têm explorado as vulnerabilidades do ambiente online.
Golpes evoluíram para estruturas de quadrilhas organizadas, frequentemente usando engenharia social para se passarem por instituições legítimas e obter informações confidenciais das vítimas.
Colaboração entre entidades privadas e forças de lei
A resposta a esses desafios exigiu uma colaboração mais estreita entre as entidades privadas e as forças de lei.
A troca de informações e conhecimento entre os núcleos de inteligência das empresas e as autoridades legais tem se mostrado essencial para a resolução de cibercrimes.
A interação entre o setor privado e público, quando realizada de forma legal e coordenada, resulta em investigações mais eficazes e na identificação dos culpados.
O papel da perícia digital na investigação
A perícia digital desempenha um papel importante na investigação de fraudes. A análise de dados digitais, registros e logs pode fornecer informações valiosas para identificar origens de golpes e rastrear criminosos.
A colaboração entre os departamentos de perícia digital e law enforcement aumenta a eficácia das investigações e ajuda a garantir a cadeia de custódia adequada.
Mas como se proteger da engenharia social?
Uma abordagem proativa para combater as fraudes é o conhecimento. É preciso que as entidades privadas estejam cada vez mais conscientes da importância de fornecer informações sobre as fraudes atuais e incentivar práticas seguras para os usuários.
Paulo Nascimento diz que se a instituição privada fornece conhecimento para o seu usuário, de que uma modalidade de fraude está acontecendo e que ele precisa ficar atento, as chances de essa pessoa cair no golpe diminuem.
Outro fator que continua sendo importante para não cair em golpes digitais são os recursos de autenticação em duas etapas e ferramentas de verificação.
A luta contra as fraudes é constante
Muitos acreditam que aumentou o número de pessoas que caem em golpes na internet, porém na percepção de Paulo, não é que aumentou o número de pessoas que caem em golpes. Aumentou, na verdade, o número de pessoas que estão entrando no ambiente virtual. Portanto, existe oferta e demanda.
É por essa razão que a luta contra as fraudes e riscos no mercado privado é uma batalha em constante evolução.
À medida que os criminosos se adaptam e exploram novas oportunidades no mundo digital, as empresas e as forças de lei devem evoluir para proteger os usuários e a sociedade como um todo.
Para ter acesso a mais conhecimento sobre o que os sócios da STWBrasil e o convidado Paulo Nascimento têm a dizer sobre fraudes, assista ao episódio que está aqui embaixo.
Golpes na internet. Cai quem quer? A culpa é da vítima?
Informação é a solução!
